Como subir de faixa no Judô e quais as regras
O judô, mais do que uma arte marcial, é um caminho para o desenvolvimento físico, intelectual e moral. Idealizado pelo Prof. Jigoro Kano em 1882, no Japão, o judô transcendeu suas raízes como uma prática de combate para se tornar um esporte educativo e uma filosofia de vida. No Brasil, a Confederação de Judô Brasileira (CBJ) regula e promove esta arte, assegurando a manutenção de seus valores e a correta progressão de seus praticantes através de um sistema de faixas e graduações.
Para os judocas brasileiros, avançar nas graduações é um objetivo que vai além da conquista de uma nova faixa. Representa uma jornada de aperfeiçoamento pessoal, compreensão técnica e respeito ao legado do judô. Mas, quais são os requisitos para avançar nessa jornada? Como um judoca pode se preparar para os exames de faixa e o que é necessário para subir de graduação conforme os padrões da CBJ?

Este artigo se propõe a elucidar exatamente isso. Exploraremos a estrutura de graduação no judô, os critérios para exames de faixa, os requisitos específicos para cada nível, o processo de avaliação e como atividades complementares podem influenciar nesse caminho. Seja você um judoca aspirante, um veterano no tatame, ou simplesmente um admirador deste nobre esporte, venha conosco desvendar os passos para a ascensão no mundo do judô brasileiro.
Quais são as faixas do Judô?
As faixas no judô são mais do que simples indicadores de nível; elas simbolizam o progresso, a dedicação e o aprofundamento do conhecimento na arte marcial. O sistema de faixas (ou graduações) varia ligeiramente de país para país, mas segue um padrão comum. No judô brasileiro, regulado pela Federação de Judô Brasileira (CBJ), as faixas são divididas em duas categorias principais: Kyu (faixas coloridas) e Dan (faixas pretas e superiores). Aqui está uma visão geral:
I. FAIXA BRANCA / CINZA (11º KYÛ)
a. Idade mínima – 04 (quatro) anos.
b. Interstício mínimo – 03 (três) meses como Faixa Branca.
c. Demonstrar saudação em pé (Ritsu rei) e ajoelhado (Za rei).
d. Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) para trás (Ushiro ukemi) e lateral (Yoko ukemi) executado na posição deitado.
e. Demonstrar uma técnica de projeção (Nage waza) – integrante do 1º Kyô.
f. Demonstrar uma técnica de imobilização (Osae komi waza).
g. Vocabulário: Sensei (professor).
II. FAIXA CINZA (10º KYÛ)
a. Idade mínima – 05 (cinco) anos.
b. Interstício mínimo – 03 (três) meses como Faixa Branca / Cinza.
c. Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) lateral (Yoko ukemi) executar a partir da posicão agachada, em pé e para frente com rolamento (Zempôkaiten ukemi / Maemawari ukemi).
d. Demonstrar duas técnicas de projecão (Nage waza) – integrante do 1º Kyô.
e. Demonstrar duas técnicas de imobilizacão (Osae komi waza).
f. Vocabulário – contar até 10 em japonês (iti, ni, san, shi, go, roku, shiti, hati, kyû, jû) pecas que compõem local de treinamento ou competicão (tatami), uniforme do praticante de judô (judogi).
g. Histórico: Nome do criador do Judô (Jigoro Kano).
III. FAIXA CINZA / AZUL (9º KYÛ)
a. Idade mínima – 06 (seis) anos.
b. Interstício mínimo – 06 (seis) meses como Faixa Cinza.
c. Demonstrar formas de pegar no judo gi (Kumi kata)
d. Demonstrar os três tipos de amortecimento de queda (Ukemi) em movimento.
e. Demonstrar três técnicas de projeção (Nage waza) — integrantes do 1º Kyô.
f. Demonstrar três técnicas de imobilização (Osae komi waza).
g. Vocabulário: Parar (Mate), começar (Hajime), terminou (Soremade), não se mova (Sonomama) e atenção ou posição de sentido (Kiotsuke).
h. Histórico: Nome da primeira escola de Judô (Kodokan).
IV. FAIXA AZUL (8º KYÛ)
a. Idade mínima – 07 (sete) anos.
b. Interstício mínimo – de 06 (seis) meses como Faixa Cinza / Azul.
c. Demonstrar formas de desequilíbrio (Kuzushi).
d. Demonstrar uma sequência de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
e. Demonstrar quatro técnicas de projecão (Nage waza) — integrantes do 1º Kyô.
f. Demonstrar três técnicas de imobilizacão (Osae komi waza).
g. Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral.
h. Vocabulário:
- Nome do uniforme de Judô (Judogi), calca (Shitabaki), casaco (Uwagi), faixa (Ôbi), chinelo (Zoori).
- Amarrar corretamente a faixa.
i. Histórico:
- Data da fundação do Kodokan, maio de 1882.
- Arte que deu origem ao Judô, o Ju jutsu (arte da suavidade).
j. Princípio do Judô: “Quem teme perder já está vencido.”
V. FAIXA AZUL / AMARELA (7O KYÛ)
a. Idade mínima – 08 (oito) anos.
b. Interstício mínimo – 06 (seis) meses como Faixa Azul.
c. Saber a ordem das faixas no Judô:
- Kyû: Básicas (Faixa Branca, Branca/Cinza, Cinza, Cinza/Azul, Azul, Azul/Amarela, Amarela, Amarela/Laranja) e Intermediárias (Faixa Laranja, Verde, Roxa e Marrom).
- Yûdansha: Faixas Pretas do 1º ao 5º Dan.
- Kôdansha: Faixas Vermelhas e brancas, do 6º ao 7º Dan;
- Graus Superiores: Faixas Vermelhas e brancas, 8º Dan; e Faixas Vermelhas, 9º e 10º
Dans.
d. Demonstrar duas sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
e. Demonstrar um contragolpe (Kaeshi waza).
f. Demonstrar cinco técnicas de projecão (Nage waza) — integrante do 1º Kyô.
g. Demonstrar quatro técnicas de imobilizacão (Osae komi waza).
h. Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral.
i. Demonstrar os tipos de postura (Shisei):
- Postura natural (Shizen hontai).
- Postura natural à direita (Migi shizentai).
- Postura natural à esquerda (Hidari shizentai).
- Postura defensiva (Jigo hontai).
- Postura defensiva à direita (Migi jigotai).
- Postura defensiva à esquerda (Hidari jigotai).
j. Vocabulário: Treinamento de entrada das técnicas (Uchikomi), treino livre (Randori), competição (Shiai), academia (Dojô) e local de competição (Shiaijô).
k. Histórico: Nascimento do Prof. Jigoro Kano, 28 de outubro de 1860, província de Hiyogo, no Japão.
I. Princípio do Judô: “Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.”
VI. FAIXA AMARELA (6º KYÛ)
a. Idade mínima – 09 (nove) anos.
b. Interstício mínimo – 06 (seis) meses como Faixa Azul/Amarela.
c. Demonstrar três Sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar dois contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar seis técnicas de projecão (Nage waza) — integrantes do 1º Kyô.
f. Demonstrar cinco técnicas de imobilização (Osae komi waza). Demonstrar três viradas, quando o uke em decúbito ventral.
g. Vocabulário: Judoca ativo (Tori), judoca passivo (Uke).
h. Histórico: Morte do Prof. Jigoro Kano, 04 de maio de 1938, a bordo de um navio que o transportava de volta para Japão, da cidade de Cairo, Egito, onde participou da Assembleia Geral do Comitê Olímpico Internacional.
i. Demonstrar dois tipos de deslocamento (Shintai) sobre o Tatami – passadas naturais em todas as direções (Ayumi ashi) e passadas sucessivas (Tsugi ashi).
j. Princípio do Judô: “O judoca não se aperfeicoa para lutar, luta para se aperfeicoar.”
k. Executar defesa (Fusegi) com as pernas em Katame waza.
VII. FAIXA AMARELA/LARANJA — 5º KYÛ
a. Idade mínima – 10 (dez) anos completos.
b. Interstício mínimo – 01 (um) ano completo como Faixa Amarela.
c. Demonstrar quatro sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar três contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar todas as técnicas de projecão (Nage waza) — integrantes do 1º Kyô.
f. Demonstrar seis técnicas de imobilizacão (Osae komi waza).
g. Demonstrar quatro viradas, quando o Uke em decúbito ventral.
h. Vocabulário: Significado da palavra Judô (caminho da suavidade). Sendo que a palavra
“Ju”, significa suavidade, não resistência e “Dô”, significa meio, caminho, doutrina.
i. Histórico: Realização do 1º Campeonato Brasileiro de Judô em 1954.
j. Demonstrar formas de movimentos rotatórios do corpo (esquiva) (Tai sabaki).
k. Princípios que resumem o que é o Judô: Seiryoku zenyô, melhor uso da energia e (Jita kyôei), prosperidade e benefício mútuo.
I. Demonstrar defesas (Fusegi) de técnicas em pé (Tachi waza).
VIII. FAIXA LARANJA — 4º KYÛ
a. Idade mínima – 11 (onze) anos completos.
b. Interstício mínimo – 01 (um) ano completo como Faixa Amarela/Laranja.
c. Demonstrar cinco sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar quatro contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar todas as técnicas de projeção (Nage waza) — integrantes do 2º Kyô.
f. Demonstrar sete técnicas de imobilização (Osae komi waza).
g. Demonstrar cinco viradas, quando o uke em decúbito ventral.
h. Vocabulário: Seguir sugestão da Comissão Estadual de Graduação.
i. Histórico: Inclusão do Judô nos Jogos Olímpicos em 1964, nas olimpíadas de Tóquio em caráter não oficial. Porém, nas Olimpíadas de Munique em 1972, o Judô foi incluído oficialmente nos Jogos Olímpicos.
j. Demonstrar as fases necessárias para aplicação de uma técnica — desequilíbrio (Kuzushi) — oito tipos — preparação (Tsukuri) e execução (Kake).
k. Princípio do Judô — somente se aproxima da perfeição, quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo a humildade.
I. Demonstrar escapadas (Nogare kata) em Katame waza.
IX. FAIXA VERDE — 3º KYÛ
a. Idade mínima – 12 (doze) anos completos.
b. Interstício mínimo – 01 (um) ano completo como Faixa Laranja e 01 ano de registro na Plataforma Zempo.
c. Demonstrar seis sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar cinco contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar todas as técnicas de projecão (Nage waza) integrantes do 3º Kyô.
f. Demonstrar oito técnicas de imobilizacão (Osae komi waza).
g. Demonstrar seis viradas (saídas) (Nogare kata), em Katame waza (técnicas de domínio).
h. Demonstrar grupo de Te waza do Nage no Kata.
i. Vocabulário: A ser sugerido pela Comissão Estadual de Graus.
j. Histórico:
- Realização do 1º Campeonato Mundial em 1956 no Japão.
- Campeonatos Mundiais realizados no Brasil em 1965, 2007 e 2013, realizados na cidade do Rio de Janeiro.
k. Formas da prática do Judô — são três formas fundamentais, Randori (treino livre), Kata (forma), Shiai (competição).
I. Princípio do Judô — A única vitória que perdura, é a que se conquista sobre a própria ignorância.
m. Demonstrar uma passagem de guarda de pernas em Katame waza (técnica de domínio no solo).
X. FAIXA ROXA — 2º KYÛ
a. Idade mínima – 13 (treze) anos completos.
b. Interstício mínimo – 01 (um) ano completo como Faixa Verde e 02 (dois) anos com registro na Plataforma Zempo.
c. Demonstrar sete sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar seis contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar todas as técnicas de projeção (Nage waza) integrantes do 4º Kyô.
f. Demonstrar nove técnicas de imobilização (Osae komi waza).
g. Demonstrar duas técnicas de estrangulamento (Shime waza).
h. Demonstrar duas técnicas de chave na articulação do cotovelo (Kansetsu waza).
i. Demonstrar quatro viradas, quando o Uke em decúbito ventral
j. Demonstrar os grupos de Koshi waza do Nage no Kata.
k. Vocabulário: A ser sugerido pela Comissão Estadual de Graus.
I. Classificação das técnicas de Judô:
Técnicas de projeção (Nage waza):
- Em pé (Tachi waza): — braco (Te waza) — quadril (Koshi waza) — pé ou perna (Ashi waza).
- Mudanca da posicão do corpo em pé para deitado (Sutemi waza).
- Projecão na linha do corpo (Masutemi waza).
- Projecão lateral (Yokosutemi waza).
Técnica de controle e domínio no solo (Katame waza),
- Técnica de imobilizacão (Osae komi waza).
- Técnica de estrangulamento (Shime waza)
- Técnica de chave de braco (Kansetsu waza).
- Ataque nos pontos vitais (Atemi waza).da de pernas com finalizacão (Katame waza)
m. Princípio do Judô — “Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, ao que venceste hoje, poderá vencer-te amanhã.”
n. Demonstrar duas passagens de guar
XI. FAIXA MARROM — 1º KYÛ
a. Idade mínima – 14 (quatorze) anos completos.
b. Interstício mínimo – 01(um) ano completo como Faixa Roxa e 03 (três) anos com registro na Plataforma Zempo.
c. Demonstrar oito sequências de golpes (Renraku waza/Renraku henka waza).
d. Demonstrar sete contragolpes (Kaeshi waza).
e. Demonstrar todas as técnicas de projeção (Nage waza) integrantes do 5º Kyô.
f. Demonstrar quatro técnicas de estrangulamento (Shime waza).
g. Demonstrar quatro técnicas de chave na articulação do cotovelo (Kansetsu waza).
h. Demonstrar seis viradas, quando o uke em decúbito ventral.
i. Demonstrar o grupo de Ashi waza do Nage no Kata.
j. Vocabulário: A ser sugerido pela Comissão Estadual de Graus.
k. Histórico: A ser sugerido pela Comissão Estadual de Graus.
I. Demonstrar noções básicas de arbitragem (voz de comando, gestos e avaliação).
m. Atuação como oficiais de mesa em competições.
n. Princípio do Judô: A ser sugerido pela Comissão Estadual de Graus.
o. Defesa em guarda de pernas em Katame waza com finalizações.
p. Conhecer o conceito da palavra KÔDANSHA – Título de alta graduação, específico do Judô, criado pelo Instituto Kodokan e que deve ser outorgado àqueles que se empenharam no aprendizado, na prática contínua, na demonstração da sua eficiência técnica e à devida dedicação no ensino, no estudo e na pesquisa. Portanto, é depositário e responsável pela difusão dos princípios filosóficos e educacionais do Judô, preconizados pelo Prof. Jigoro Kano.
XII. FAIXA PRETA 1º DAN (SHO DAN)
a. Idade mínima – 16 (dezesseis) anos completos até a data de realizacão do exame estadual.
b. Interstício mínimo – 02 (dois) anos de carência, ou 01 (um) ano para os candidatos maiores de 20 anos, como Faixa Marrom na Federacao e CBJ, completos até a data da realizacão do exame estadual e 04 (quatro) anos de registro no Sistema Zempo.
c. Acumulação de 700 pontos, de acordo com as tabelas, nos dois últimos anos que antecedem o exame. (em breve artigo explicando)
d. Provas Teóricas:
- Histórico, filosofia, ética e disciplina.
- Atualidades.
- Divisão e classificação das técnicas.
- Ortografia do vocabulário técnico.
- Descrição escrita sobre Nage no Kata.
e. Provas Práticas: - Ortografia do vocabulário técnico.
- Descrição escrita sobre Nage no Kata.
f. Provas Práticas:
- Nage no Kata — (completo, como Tori).
- Nage waza.
- Renraku waza/Renraku henka waza.
- Kaeshi waza.
- Katame waza.
- Apresentacâo prâtica de arbitragem.
Faixas acima da Preta, como funcionam?
No judô, após a faixa preta, existem várias graduações superiores que indicam um alto nível de conhecimento, habilidade e contribuição ao esporte. Essas graduações são comumente conhecidas como “dans” e vão do 1º ao 10º Dan. Cada Dan representa um estágio avançado na prática e ensino do judô. Aqui está um resumo:
- 1º a 5º Dan (Faixa Preta): Estes Dans são representados pela faixa preta. Cada Dan exige um maior nível de habilidade, conhecimento e contribuição ao judô. Normalmente, os praticantes ativos e professores estão nesta categoria.
- 6º e 7º Dan (Faixa Vermelha e Preta): Nesta graduação, a faixa é vermelha e preta. Judocas com estas graduações são considerados mestres e geralmente têm uma profunda experiência no ensino e promoção do judô.
- 8º Dan (Faixa Vermelha e Branca): Esta graduação é representada por uma faixa vermelha e branca. É uma distinção que denota um altíssimo nível de conhecimento e contribuição ao judô.
- 9º e 10º Dan (Faixa Vermelha): As graduações mais altas no judô são simbolizadas pela faixa vermelha. Estes Dans são reservados para os praticantes mais experientes, respeitados e contribuidores históricos do judô. São posições raramente alcançadas e representam um status quase lendário dentro do esporte.
Essas graduações superiores não são apenas um reconhecimento de habilidade técnica, mas também de dedicação ao ensino, à filosofia e ao desenvolvimento do judô como uma arte marcial e um meio de educação e desenvolvimento pessoal.
Faixas são para amarrar as calças
Primeiramente, é verdade que, em um sentido literal, as faixas servem como parte do judogi (uniforme de judô) para manter a vestimenta no lugar. No entanto, elas carregam um significado muito mais profundo e simbólico. Cada cor de faixa representa uma etapa específica na jornada do judoca, refletindo não apenas o desenvolvimento técnico, mas também o crescimento pessoal, a maturidade e a compreensão dos princípios do judô.
Este aspecto simbólico é crucial. As faixas funcionam como um sistema visual e tangível de reconhecimento e motivação. Elas oferecem aos praticantes metas claras e mensuráveis, incentivando-os a persistir, a se dedicar e a superar desafios. Para muitos, a busca pela próxima faixa pode ser um motor de motivação, impulsionando-os a aprimorar suas habilidades, aprofundar seu conhecimento e permanecer comprometidos com a prática.
Além disso, as faixas também estabelecem uma hierarquia dentro do dojo, facilitando a organização das aulas e garantindo que os praticantes treinem de maneira segura e eficaz, respeitando as limitações e capacidades de cada um. Isso é especialmente importante em uma arte marcial como o judô, onde a diferença de habilidades pode impactar significativamente a segurança durante o treinamento.
Por fim, as faixas no judô, além de seu propósito prático, são um lembrete constante dos princípios fundamentais do judô – respeito, humildade, perseverança e a busca contínua pelo aperfeiçoamento. Elas simbolizam a jornada do judoca, não apenas dentro do dojo, mas também na vida, refletindo uma filosofia de constante aprendizado e crescimento pessoal.
Conclusão – Como subir de faixa no Judô?
A jornada no judô, marcada pelas diferentes cores de faixas, vai muito além de um simples sistema de classificação de habilidades técnicas. Cada faixa representa uma etapa distinta de desenvolvimento, não só no aspecto físico, mas também no crescimento intelectual e espiritual do praticante. A progressão através das faixas é um reflexo do compromisso, da dedicação e do esforço contínuo do judoca, tanto dentro quanto fora do tatame.
O sistema de graduações no judô oferece uma estrutura clara para o desenvolvimento pessoal e técnico, incentivando os praticantes a estabelecer e alcançar metas, a superar desafios e a persistir diante das dificuldades. Este caminho, embora marcado por conquistas externas simbolizadas pelas faixas, é profundamente enriquecido por transformações internas, onde valores como respeito, humildade, perseverança e a busca por conhecimento são constantemente cultivados.
Em última análise, as faixas no judô são muito mais do que um meio de amarrar o uniforme ou uma indicação superficial de habilidade. Elas são emblemas de uma jornada pessoal e coletiva, símbolos de uma filosofia que transcende o esporte, ensinando lições valiosas sobre disciplina, resiliência e o contínuo processo de aprendizado ao longo da vida. Assim, o judô se apresenta não apenas como uma arte marcial, mas como um caminho para o desenvolvimento integral do ser humano.
Tudo isso que eu falei tem no site da CBJ e muitas outras documentações.
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